Os cidadãos angolanos ainda demonstram alguma insegurança com o uso da Internet, principalmente nas redes sociais e onde mas aplaudem a existência do novo Código Penal, que combate os crimes informáticos.
“Já fui assaltada o telemóvel, e algumas fotos íntimas foram expostas nas redes sociais. Essa situação causou-me muitos constrangimentos, não conseguia ir à escola e nem estar com os amigos. Levei tempo para me recompor”, revelou a cidadã Teresa Domingos, em entrevista ao Jornal de Angola.
Já Manuel Cassombe contou que já foi vítima de “burla” ao atualizar o Multicaixa Express, e os criminosos conseguiram roubar-lhe mais de 500 mil kwanzas. O jovem informou que já fez queixa à Polícia Nacional, mas sem sucesso, uma situação que já se arrasta há quase um ano.
“Confesso que lhe devia dinheiro, mas não era para tanto. Estive ausente do país, por isso, o meu telemóvel estava desligado. Quando vi a minha imagem a circular senti-me transtornado e muito triste”, disse Eduardo Gabriel.
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Na entrevista ao diário angolano, o cidadão sublinhou que por ser comerciante, essa atitude fez descredibilizar a confiança que as pessoas tinham, o seu rendimento baixou significativamente. Por causa destes transtornos vividos, o jovem defende que antes tinha de passar por processo criminal e depois ser julgado daquela maneira, porque brincar ou sujar a imagem de outrem é muito pior que perder dinheiro.
De acordo com especialistas em segurança informática, o problema pode ser decomposto em vários aspetos distintos, sendo mais relevante a autenticação, considerado um dos elementos fundamentais.
Em muitos casos, qualquer tipo de comunicação ou mecanismo para a garantia da segurança tem de previamente assegurar que as entidades intervenientes são, na verdade quem afirmam ser.
A autenticação é o processo que valida a entidade do utilizador. A confidencialidade reúne as vertentes de segurança que limitam o acesso à informação apenas às entidades autorizadas (previamente autenticadas), sejam elas utilizadores humanos, máquinas ou processos.