A partir de Junho o sistema de transferências instantâneas vai entrar em funcionamento no país, permitindo transações entre entidades financeiras bancárias e não bancárias, segundo Pedro de Abreu, Administrador da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS).
De acordo com o governante, que falava no Fórum de Inclusão Financeira para o Desenvolvimento, disse que a Emis vai ser um operador do sistema de transferências instantâneas, informando que o sistema encontra-se em fase de testes, devendo as primeiras operações iniciarem no final do próximo mês, “ainda num piloto controlado”, e onde esse sistema é uma iniciativa que assenta bem na inclusão financeira.
“Trata-se de um sistema que irá agregar as entidades financeiras bancárias como as entidades financeiras não bancárias, ou seja, os prestadores de serviços de pagamentos, e a sua versão mais simples é permitir a transferência de fundos entre estes prestadores de serviços, ou seja, sejam bancos sejam não bancos, e dessa forma servir de plataforma de interoperabilidade”, explicou Pedro de Abreu.
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Para o Administrador da EMIS, esta iniciativa vem como uma base para se assistir ao desenvolvimento cada vez maior e o surgimento de cada vez mais iniciativas de pagamentos móveis, “a juntar às iniciativas dos bancos que são muito importantes”.
“Sou de opinião que a banca tradicional de facto não dá a resposta que precisamos”, frisou o responsável, acrescentando que esta iniciativa vai trazer mais soluções para os prestadores de serviços que aderirem.
Com este sistema será possível, acrescentou Pedro de Abreu, o acesso à rede de ATM (caixas automátiaos) para levantamento de dinheiro de carteiras móveis, o acesso à rede de pontos de venda dos comerciantes, ter acesso a todos os sistemas de serviços e pagamentos ao Estado que a EMIS possui, entre outros benefícios.
“Nós neste processo como operador, temos um desafio que é desenhar o regulamento deste sistema e ao desenhar o regulamento criarmos regras de como é que estes prestadores de serviços têm que se ligar, mas também como as pessoas de serviços têm que se relacionar com os seus clientes, também estaremos atentos a isso”, indicou.
Na sua apresentação, Pedro de Abreu frisou que o sistema de transferência instantânea e a plataforma de interoperabilidade vai ter custos muito baixos.
“Precisamente porque sabemos para dar resposta ao desafio da inclusão financeira”, terminou.
“A implementação desse novo sistema é de iniciativa do Banco Nacional de Angola, com o objetivo de dar maior segurança e eficiência aos sistemas de pagamento, mas também aumentar os níveis de inclusão financeira”, bem como desenvolver cada vez mais os pagamentos móveis, que contavam na altura com cerca de um milhão de aderentes em todo o país, disse o governador do banco central angolano, José de Lima Massano.
José de Lima Massano destacou que com este sistema vai ser possível realizar transações entre diferentes plataformas de prestações moveis, procedimento semelhante ao funcionamento dos cartões de débito da rede multicaixa, em que as operações são realizadas independentemente do banco emissor do cartão.
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