A Angola Telecom vai regressar ao capital social da Movicel depois de ter saído no final de 2019, tendo com base a enorme dívida que a empresa tem com a telefónica nacional, tendo inclusive já recebido avisos de corte.
Segundo jornal Expansão, a situação financeira da Movicel é nesta altura muito delicada, não é apenas a Angola Telecom que ameaça cortar os serviços, mas também alguns operadores internacionais já estão a paralisar o fornecimento de serviços, o que justifica alguns dos problemas que a operadora tem tido na qualidade técnica e cobertura da sua rede.
Os sócios têm empurrado para o INSS a responsabilidade de “meter” dinheiro fresco na empresa, havia uma promessa anterior de injectar 100 milhões de dólares, mas com a mudança da liderança no Instituto, a posição é que a Segurança Social só admite pôr dinheiro na empresa por aumento de capital, sendo que cada um dos accionistas tem que acompanhar de acordo com a sua quota.
A estratégia do Estado para a reunião da próxima semana é assumir a maioria do capital por intermédio de 4 entidades, INSS (25%) e Correios (2%) mantêm os seus percentuais, entrando a Angola Telecom (18%, a mesma quota que tinha no momento de saída) e a Infrasat (12%).
Juntas garantiam 57% do capital, sendo que 8% ficariam para os pequenos accionistas, nomeadamente a Lusa Pulsaris Electrónica que está ligada ao actual presidente do Conselho de Administração, ficando os restantes 35% para a entrada de uma nova identidade, ainda em processo de negociação. Esta poderia ser totalmente nova ou agregar também os interesses de alguns dos actuais accionistas.