Angola Telecom perdeu mais de 63% dos clientes desde 2019

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A Angola Telecom perdeu mais de 63% dos seus clientes nos últimos cinco anos, sendo 10.551 clientes na rede fixa de internet e 38.113 clientes na telefonia, onde não se modernizou e tem as infraestruturas degradadas, revela a última edição do Jornal Expansão.

Pelo que revela o semanário, a Angola Telecom está neste momento em falência técnica há vários anos, numa agonia em que não se vislumbra uma solução capaz dê a manter viva.

Além das dificuldades financeiras, enfrenta a crise do modelo de negócio, assente na rede fixa, e da quase inutilização das suas infraestruturas espalhadas pelo País, que hoje não funcionam.

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A situação de degradação atual da Angola Telecom começou a desenhar-se em 2003, quando deixou de ter o monopólio dos serviços de telefonia móvel, que era o negócio mais rentável da operadora. Na altura, o Governo decidiu separar o negócio dos telemóveis da Angola Telecom, criando a Movicel, que mais tarde, em 2007, foi privatizada.

Angola Telecom tinha 15,1% da quota do mercado de banda larga fixa em 2019, com 16.581 clientes ligados à sua rede, num universo de 109.662 clientes. Em 2023, a operadora que detém a maior rede de infraestruturas em termos de abrangência, conta apenas com 4,4% num mercado com 137.323 subscritos à rede fixa de internet. Em termos percentuais, Angola Telecom teve um forte declínio na sua quota de subscrição, ao registar uma queda de quase 11 pontos percentuais em apenas 4 anos.

Já no mercado de telefonia fixa, que é um negócio em extinção, com uma queda de mais de 30% nos últimos cinco anos do número de subscritores, caindo de 124.726 em 2019, para 86.613 em 2023, e a Angola telecom não consegui conservar a liderança do mercado que detinha até 2021, com 35,4% de quota de mercado na altura.

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