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Angola Telecom em falência técnica há praticamente dois anos

Recepcionista da Angola Telecom, ao telefone, na recepção da empresa.

A Angola Telecom conta com novo Conselho de Administração, que até então estava a ser liderado por um Coordenador da Comissão de Gestão Interina Adilson Miguel Santos, que agora foi nomeado como Presidente do conselho de administração da Angola Telecom, com o mandato expresso de capitalizar a empresa de telecomunicações e conduzi-la à privatização.

Poucos dias depois dessa nomeação, o Jornal Expansão acaba de publicar que a Angola Telecom encontra-se em falência técnica há praticamente dois anos, com os seus activos a serem inferiores ao passivo, levando o auditor independente às contas de 2018, a Ernst & Young a alertar sobre as incertezas quanto à continuidade do negócio.

Angola Telecom duplicou os prejuízos em 2018 para 35 mil milhões de kwanzas, isso de acordo com as demonstrações financeiras publicados no site do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).

Apesar das demonstrações financeiras terem sido preparadas com base no princípio das operações, que a Comissão de Gestão Interina defende ser “apropriada” no pressuposto do apoio continuado por parte do Estado, os auditores independentes não são tão optimistas. A Ernst & Young chama a atenção para o facto de os capitais próprios serem negativos e do passivo corrente exceder o activo corrente” em 102,6 mil milhões de kwanzas. Estas circunstâncias indiciam a existência de uma incerteza significativa que pode colocar em causa da empresa continuar com o seu curso normal de negócios.

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