Angola registrou um total de 1.430 crimes cibernéticos no ano de 2024, destacando-se 654 casos de burlas informáticas, revelou o Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Estes dados foram divulgados pelo representante do SIC, Manuel Fragão, durante a 2.ª edição da Conferência Nacional sobre Cibercrime. O evento, que encerra na quarta-feira, conta com a participação de profissionais de diversas áreas, como Direito, Justiça e instituições financeiras.
De informar que muito recentemente o SIC informou que Angola está preparada para fazer face ao crime cibernético que tem aumentado nos últimos tempos, frisando que embora as actividades ilícitas envolvendo a internet no país estejam a crescer, o país tem adquirido os meios técnicos e operacionais para desmantelar essas inúmeras redes de burlas através do cibercrime.
Muito recentemente houve notícias de que algumas conhecidas figuras políticas tinham sido alvo de uma burla no uso da internet fornecendo os seu dados bancários a criminosos que conseguiram ludibriar essas pessoas a entregarem o acesso às sas contas.
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Na última semana, o SIC anunciou o desmantelamento de uma rede de jogos on-line, supostamente sob o controlo de cidadãos chineses e com apostadores do Brasil que teriam cometido crimes de burla, lavagem de dinheiro e outros crimes considerados informáticos ou cibernéticos.
Realizado pela Procuradoria-Geral da República e a Pentinalli Investigações, a 2ª Conferência Nacional sobre Cibercrime reuniu vários especialistas numa análise profunda sobre “A Ascensão do Cibercrime em Angola”.
Durante dois dias, a 2ª Conferência Nacional sobre Cibercrime foi um espaço de debate e análise sobre temas críticos relacionados com o cibercrime em Angola, delito que tem vindo a aumentar nos últimos anos em todo o mundo. A conferência foi também uma oportunidade para apresentar o Novo Gabinete de Cibercrime e Prova Electrónica da (PGR), que marcará um passo importante de Angola no combate ao crime no mundo digital.
No evento destinado a colaboradores da PGR e do Serviço de Investigação Criminal (SIC), os principais especialistas das instituições judiciárias e financeiras do país, assim como profissionais do Direito, da Justiça e de Investigação Forense,exploraram as tendências mais recentes, trocarem experiências, identificaram soluções inovadoras no combate ao cibercrime e conheceram os dados estatísticos sobre este delito em Angola e os seus impactos financeiros.