Angola não consta na lista dos países africanos que mais fazem o uso de aplicativos móveis. A Opera, lançou o relatório sobre o uso de aplicativos móveis em África intitulado, State of the Mobile Web Africa 2016, destacou as tendências de Internet móvel em todo o continente, onde inclui comportamento de navegação dos consumidores e o uso dos aplicativos móveis.
África do Sul (SA) ocupa o primeiro lugar em África em termos de uso de aplicativos móveis, um terço da sua população faz o uso aplicações móveis, seguido por 31% dos ganenses, 28 % dos nigerianos, 19% dos quenianos, e 18% dos ugandenses. Os usuários sul-Africano também são os mais propensos a acessar notícias e aplicativos e-commerce do que os seus homólogos africanos, enquanto que, o Gana é o mercado Android com mais usuários com quase 73% de usuários. Também é o único país da África sub-saariana consta no top dez da plataforma do sistema operacional móvel iOS da Apple.
Já o Gana, Quénia, Ilhas Seychelles e Mauritiania são os paíse com maiores usuários de dados com uma utilização média de mais de 160 MB / mês, enquanto a Nigéria com 76% do tráfego, é o país mais mobilizados no mundo à frente da SA e da Índia. Os resultados também mostram que as visitas a sites de streaming de vídeo no Opera Mini em África aumentou 36% desde 2012. Os usuários de Tanzânia (22%) são mais propensos a visitar YouTube seguido pela África do Sul (20%) e Gana (19%).
De acordo com o relatório da Opera, em 2016 foram vendidos mais smartphones em África do que qualquer outro modelo de telefone. Os preços baixos e a demanda por produtos inovadores têm contribuído para o surgimento dos smartphones no continente. Em 2015, foram enviados para a África 89% dos smartphones no sistema operacional Android e 45% dos mesmos foram vendidos em um preço abaixo de US $ 100.
A McKinsey Global Institute, prevê que a penetração de smartphones no continente berço irá aumentar em cerca de 27% até 2020. A instituição observa ainda que a internet mais rápida e penetração de telefonia móvel são susceptíveis para que possa ter um efeito transformador em sectores como bancos, energia, saúde e educação.
Quanto ao nosso país, Angola, precisamos melhorar ainda muito no que diz respeito a este assunto, o reduzido número de operadoras no sector móvel e os preços de smartphones e internet são alguns dos grandes desafios para muitos dos usuários. Melhoramos bastante no sector de telefonia móvel, no sector do uso de aplicativos móveis e no sector do uso de smartphone, mas ainda estamos um pouco em baixo, comparando com outros países do continente. Esperamos que esse relatório venha mais uma vez a despertar-se as nossas atenções.
O relatório reconhece que há desafios para aumentar a base de usuários do Opera Mini em África, incluindo os elevados custos de dados, perda de dados de fundo e capacidade limitada de rede.