Angola “não está mal” quanto à defesa do seu ciberespaço, mas as ações ainda são individuais e é preciso congregar esforços, segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
O dirigente que falava no 1.º Fórum e Expo sobre Cibersegurança, disse que atualmente não há condições para apresentar taxativamente o estado da situação em Angola, porque “as empresas estão a fazer de forma individualizada”.
“Não há uma concentração de dados que nos permita aferir o país no seu todo, mas de forma particularizada podemos dizer que não estamos mal, estamos no bom caminho, há que agora unir as forças no sentido a que possamos num observatório nacional de cibersegurança dar o tratamento da informação, que nos permite olhar o país no seu todo, no que à defesa do ciberespaço diz respeito”, sublinhou.
Mário Oliveira salientou que a preocupação agora é a criação de legislação, para a defesa do ciberespaço, nas leis comuns e genéricas, que falam da proteção de dados, dos crimes informáticos, mas Angola precisa de “caminhar para aquilo que é um quadro legal para a defesa do ciberespaço”.
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O Ministro frisou ainda que a defesa do ciberespaço tem sido feita setorial e empresarialmente, daí a necessidade da criação de um observatório e de sistemas de respostas rápidas aos crimes informáticos.
O 1.º Fórum sobre Cibersegurança juntou vários especialistas para discutirem estratégias, visando aprofundar a segurança das redes e dos sistemas de informação com objetivo de aumentar as garantias de uma utilização livre, segura e eficiente do ciberespaço, por parte de todos os cidadãos e das entidades públicas e privadas.
Organizado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), o evento contou com presença e intervenções do ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, bem como dos titulares das pastas das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, das Finanças, Vera Daves de Sousa, Energia e Águas, João Baptista Borges, e do governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano.