O acervo digital cultural denominado e-Zomba foi apresentado nesta semana, projeto tecnológico que vai permitir o acesso global e a divulgação do património cultural e artístico de Angola nas plataformas digitais e website.
Segundo Analtino Santos, um dos responsáveis do projeto e falando em exclusivo para a redação da MenosFios, disse que o e-Zomba “é um repositório digital onde encontraremos grande parte do acervo cultural angolano, desde músicas, artes plásticas, cinema“, isto tudo em uma “plataforma digital” e que dará reconhecimento aos artistas do passado e vai abrir um mundo de oportunidade aos novos talentos.
O e-Zomba vai consistir “em várias páginas congregadas na internet e vários hiperlinks” para que várias pessoas tenham acesso, explica Analtino, reiterando que o objetivo é fazer com que as “pessoas conhecem mais a produção cultural angolana“.
Já para o presidente do Grupo Mitrelli, Haim Taib, que também esteve presente no lançamento da plataforma, diz que o e-Zomba vai disponibilizar a riquíssima cultura angolana a nível nacional e internacional, através da digitalização e da utilização das novas tecnologias.
Frisou que sempre acreditou que as artes e a cultura são motores importantes para o crescimento económico, tal como as infraestruturas e a construção, a educação e a criação de emprego.
“Vou recorrer ao poeta hebreu Shaul Tshernichovsky, que eu muito gosto, dizia que cada um de nós é moldado pela paisagem da nossa terra natal, pela cultura, história, património e pela sua representação artística. As artes, a cultura e o património são a base para construção de uma nação, e essa base um dia poderá ser reconstruída”.
Pelo que ainda foi revelado a nossa redação, o acervo cultural digital e-Zomba vem também para adaptar à tecnologia a sociedade civil angolana de hoje e expor a cultura angolana a todo o mundo, criando assim interesse pela cultura e acima de tudo tornar as culturas remotas e novas acessíveis ao público em geral.