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Angola fora do top 20 em governança electrónica em África

Angola ficou de fora da lista dos 20 países africanos mais avançados em governança electrónica, de acordo com os rankings mais recentes. Apesar dos avanços tecnológicos e dos investimentos no sector digital, o país ainda enfrenta desafios significativos na implementação de soluções de e-governança eficientes.

A classificação avalia a capacidade dos governos de integrarem tecnologias de informação para melhorar a eficiência dos serviços públicos. No mais recente ‘ranking’ do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais do Secretariado-Geral da ONU sobre a governação electrónica, Angola ocupa o 27.º lugar.

A lista referente ao ano de 2024, consultada pela revista Economia & Mercado, coloca Angola na 156.ª posição de um total de 193 Estados e territórios avaliados na classificação.

Cabo Verde, no 111.º lugar, é o melhor país africano de expressão portuguesa no ‘ranking’, seguido por São Tomé e Príncipe (154.º), Angola (156.º), Guiné-Bissau (170.º) e Moçambique, na 177.ª posição.

No 49.º posto, Portugal surge a comandar na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) o Índice de Desenvolvimento de Governação Electrónica (EGDI, na sigla em inglês), seguido de perto pelo Brasil, logo na 50.ª posição.

Em África, os sul-africanos lideram a lista, aparecendo no 40.º lugar. Mais quatro países do continente acompanham a África do Sul no ‘top 100’ da classificação: Ilhas Maurícias, na 76.ª posição, Tunísia (87.ª), Marrocos (90) e Egipto, o 95.º da lista.

O fundo do EGDI é ocupado por dois países africanos, nomeadamente a República Centro-Africana, no 193.º posto, e o Sudão do Sul, que ocupa a penúltima posição (192.ª), abaixo da Somália (191.ª).

O estudo usa três pilares de avaliação: Capital humano (taxa de alfabetização de adultos e taxas de escolaridade), Infra-estrutura de telecomunicações (enquadramento institucional, prestação de serviços, fornecimento de conteúdos, tecnologia e participação electrónica) e Serviços online (enquadramento institucional, prestação de serviços, fornecimento de conteúdos, tecnologia e governo electrónico).

Tendo como base estes critérios, a Dinamarca surge na liderança do ‘ranking’, seguida pela Estónia, no 2.º lugar, Singapura (3.º), República da Coreia (4.º) e Islândia, que fecha o ‘top 5’ dos países cujos governos integram melhor as tecnologias de informação para potenciar a eficiência dos serviços públicos.

Os Estados Unidos, maior economia mundial, surgem no 19.º lugar, à frente da China (35.º) e da Rússia (43.º), todos, entretanto, abaixo da Alemanha, que ocupa a 12.ª posição do Índice de Desenvolvimento de Governação Electrónica.

Angola, urge a necessidade de fortalecer a infraestrutura tecnológica, melhorar o acesso à internet e promover uma maior integração de serviços públicos digitais para acompanhar o ritmo de desenvolvimento observado em outras nações do continente.

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