Angola estuda métodos para o tratamento do lixo electrônico

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Angola pretende aprovar em breve uam lei que visa a regulamentar a criação de empresas que sejam responsáveis pela recolha do lixo electrônico, bem como estabelecer métodos para o seu tratamento.

O lixo electrônico é todo resíduo material produzido pelo descarte de equipamentos electrônicos (Monitores de Computadores, Telefones Celulares e baterias, Computadores, Televisores, Câmaras Fotográficas, Impressoras). Com o elevado uso de equipamentos electrônicos no mundo moderno, este tipo de lixo tem se tornado um grande problema ambiental quando não descartado em locais adequados.

António Bartolomeu, responsável da NetService, uma empresa que presta serviço neste ramo, disse à respeito ao assunto que a participação da população no caso da disposição ecologicamente correcta deste tipo de lixo é essencial, pois, além de colaborar com o meio ambiente urbano, contribui com as cooperativas de reciclagem.

Segundo o responsável Bartolomeu, o consumidor é o responsável pelo seu descarte, é importante a consciencialização dos cidadãos para que isto ocorra de forma efectiva e correcta. E mesmo que não haja empresas em Angola vocacionada ao tratamento do lixo electrónico, disse ser importante informar à população que os produtos ou peças electrónicas sem utilidade devem ser entregues às lojas que os vendem para que os devolvam aos fabricantes.

António Bartolomeu avançou ainda que, as frabricantes de materiais electrônicos são obrigados por lei, a dar destino correcto ao lixo electrônico e que por sua vez, são levados à centros de triagem e reaproveitados. Deveríamos começar a pensar com maior profundidade a reciclagem de determinados resíduos electrónicos e a implementação do conceito de logística reversa, que transfere as responsabilidades de gestão deste tipo de resíduos para o produtor ou importador.

“A NetService recolhe anualmente cerca de 500 mil quilogramas de lixo electrónico, e tenta mostrar a sua consciência ambiental, que visa pela motivação de todos para a garantia de um ambiente saudável. Depois envia para África do Sul material reciclável do lixo que recolhe em Angola.”

Devido ao descarte incorreto que muitas pessoas ainda realizam de seu lixo electrônico, onde deitam em lixeiras comuns e misturam-no aos outros objectos de consumo, ainda há muitos prejuízos que são aplicados à natureza devido a esta prática, o que causa várias consequências a toda a população e pode agravar os resultados ao longo do tempo.

Angola precisa apressar a criação da legislação afim e a consciencialização dos cidadãos, para que não chegue ao nível de Acra, capital do Gana, onde existem uma lixeira de lixo electrónico com uma quantidade indescritível de computadores, televisores e telefones destruídos inutilizados. Devido às queimas e outros maus tratamentos tornou-se num dos lugares mais poluídos do mundo.

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