Durante a pandemia que assolou o mundo (COVID-19), um dos mecanismos usados para não parar as escolas e universidades foi o ensino à distância, que nem em todos os países se obteve bons resultados, alguns por falta de ferramentas adequadas, outras por falta de um sinal de internet estável. Tanto que em Angola, o ensino à distância atingiu apenas 20% das escolas angolanas em tempos de pandemia.
Mas após termos ultrapassado essa fase da pandemia, alguns países começaram a optar já pelo ensino à distância, e Angola não está a fugir a regra segundo avançou o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, que informou, esta quarta-feira, em Luanda, que as instituições de ensino superior do país estão a criar as condições para a implementação do sistema de ensino à distância e semipresencial.
O responsável falava à imprensa à margem da cerimónia de abertura da capacitação de docentes em matéria de ensino à distância, que agrega 57 profissionais, numa iniciativa do Ministério do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação, em parceria com o Programa de Apoio ao Ensino Superior (UNI-AO). Segundo o responsável, as universidades angolanas ainda não estão preparadas para esse novo paradigma, mas reconhecem a necessidade de adesão deste sistema que, ao ser implementado, vai conviver com o regime presencial.
Apontou como vantagem do novo sistema de ensino a possibilidade de acompanhamento direto dos estudantes, sem a presença física destes, no recinto académico. “Estamos a trabalhar para que o sinal de internet e a sua disponibilização possa efetivamente favorecer o desenvolvimento desse tipo de iniciativas formativas, seja de regime do ensino à distância ou semipresencial”, reforçou.
o responsável considerou fundamental a capacitação dos docentes e o apoio técnico às instituições do ensino superior, para se alcançar a tão almejada transformação da educação em Angola. De lembrar ainda que, em 2019 o Ministério da Educação garantiu estar a estudar as possibilidades de implementação do ensino à distância em Angola.