Angola é o terceiro país na África Austral com a internet mais cara, isto é, de acordo com o jornal Expansão, na sua edição número 611, onde avança que os elevados preços da internet estão a deixar o país para trás no desenvolvimento das tecnologias de informação e a reduzir a capacidade de criação de emprego digital.
Em Angola apenas 4% da população é capaz de pagar 1 GB de dados por mês, de acordo com o estudo da União Africana (UA) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o que coloca o país muito abaixo da média de 17% do continente, um indicador preocupante tendo em conta que o acesso às tecnologias de comunicação depende em parte de preços acessíveis.
“A baixa velocidade da internet, as infra-estruturas limitadas e a energia eléctrica cara e pouco fiável são outros facotres que dificultam a criação de um ecossistema digital que favoreça a criação de empregos”.
Segundo a UA, este é um dos principais problemas de Angola na criação de um ecossistema digital que favoreça a criação de emprego. De acordo com estudo, os gorvenos desempenham um papel activo na baixa de preços, quer na criação de alianças público-privadas para promover a conectividade rural, quer para a criação do Fundo de Serviços e Acesso Universal (FSAU).
A Namíbia tem os custos mais baixos de internet na África Austral e no continente, cerca de 97% da população namibiana consegue custear 1GB de internet por mês. Segue depois África do Sul com cerca de 36%, Moçambique com 30%, Zâmbia com 19%, Botsuana com 18% e Lesoto com 15%.