Angola deve reforçar os investimentos na formação de quadros nas áreas da tecnologia, segundo o executivo do Instituto Nacional de Telecomunicações do Brasil (Inatel) para a Área de Transferência dos Serviços Internacionais, Leonardo Maya.
Falando durante uma visita ao Instituto Médio de Telecomunicações de Luanda (ITEL), após ter participado na terceira edição do Angotic/2023, o especialista salienta que de forma mais prática, o “mestrado e doutoramento são importantes, mas só quando se olha na parte da pesquisa científica e académica”.
Leonardo Maya esclareceu que a Inatel trabalha com o ITEL desde 2007, com a assinatura de um acordo que visou capacitar quadros para a pós-graduação, mestrado e doutoramento em engenharia no Brasil.
Com o novo acordo, explicou, o Inatel vislumbra a realização de novas pós-graduações na área tecnológica para alunos licenciados que vão receber a formação em Angola, com especialistas brasileiros, enquanto os de doutoramento vão partir para o Brasil.
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O gerente executivo destacou que a capacitação destina-se a funcionários do MINTTICS, Inacom e Intel, para terem um maior domínio de aspetos ligados a várias áreas de tecnologias como a televisão digital, regulação avançada em telecomunicações e 5G.
Leonardo Mayer avançou que, na primeira fase do acordo, muitos alunos foram enviados para o Brasil a fim de fazerem a licenciatura, mestrado e doutoramento. Desta vez, em função das solicitações, o acordo prevê começar-se com duas turmas de 30 a 40 estudantes.
Depois dessas duas turmas, o acordo prevê a criação de outras integradas por técnicos de alto nível das referidas instituições angolanas.
O responsável brasileiro revelou que, no quadro do primeiro acordo assinado, o Inatel formou 50 estudantes, todos já em Angola e colocados, maioritariamente, no Inacom, estando outros 15 angolanos no Brasil a frequentar cursos de mestrado e doutoramento em Telecomunicações.