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Angola anuncia avanços na política de transição energética

O Presidente da República, João Lourenço, anunciou, ontem(14), em Washington, que Angola depende cada vez menos da produção de energias de centrais térmicas.

Ao intervir num Fórum de Negócios, no quadro da Cimeira de Líderes EUA-África, o Chefe de Estado angolano disse que o país abandona, parcialmente, as fontes de produção poluentes.

Segundo o Presidente, que apresentava o tema “Construindo o Futuro Sustentável, Parcerias para Financiar Infraestruturas Africanas e a Transição Energética”, o país investe forte na energia hidroelétrica.

“Neste momento, a produção de energia elétrica em Angola já é cada vez menos de fontes poluentes, de centrais térmicas movidas a diese ou gás”, sublinhou o Presidente.

Conforme João Lourenço, Angola já dispõe das barragens de Laúca e Cambambe, estando em construção a de Caculo Cabaça, que vai produzir cerca de 2.1 gigawats de energia.

Com a entrada em cena desta última barragem, disse, Angola vai produzir 9 gigawatts de energia. Disse que o país está a construir, já em fase avançada, a rede de distribuição de energia pelas centrais hidroelétricas.

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João Lourenço lembrou que está em construção, em parte concluída, a rede de distribuição dessa mesma energia na Bacia do Rio Kwanza, para levar o produto a todo o país.

Essa energia, afirmou, já cobre a região centro, nomeadamente as províncias do Huambo e o Bié, estando em curso a busca de financiamentos para transportar para o Sul, a fim de cobrir as províncias da Huíla, do Namibe e Cunene.

Pretende-se ainda que cubra a zona leste, ou seja, as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico e Cuando Cubango. Em paralelo, disse, Angola aposta na produção de energia solar, com parques fotovoltaicos, dois dos quais já fornecem energia à rede elétrica nacional.

Ainda assim, o Chefe de Estado disse que Angola pretende atingir a taxa de 80 por cento de energia limpa dentro de três anos.

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