Tal como você leitor, já me servi dos recursos do meu smartphone e internet para responder a uma pergunta ou outra quase que instintivamente sem nem mesmo recorrer a minha mente para tentar elaborar uma resposta, por exemplo: Pouco saberiam responder logo a vista, Quem foi Ya Ndemufayo? muito dificilmente responderiam a tal pergunta sem recorrer aos sublinhados acima.
O que se passa é que nos dias de hoje confia-se em grande percentagem nas tecnologias de informação como sendo o primeiro recurso para a busca de informação. Não que isso seja mau, o ponto aqui é a aparente dependência da mesma para “tudo e mais alguma coisa”, um estudo feito pela Kaspersky Lab que sugere um link directo entre a quantidade de informação disponível a um clique e a falha em memorizar alguma coisa e “nomeou” tal fenómeno como sendo Amnésia Digital de forma geral a experiência do esquecimento de informação que se confia a um dispositivo digital que armazena e se lembra por nós.
Devemos ter em conta que os dispositivos electrónicos ajudam muito no nosso quotidiano mas ao mesmo tempo alargam e muito a nossa Amnésia Digital, existe a necessidade de entender as implicações a longo prazo que o uso excessivo pode causar no que toca a forma como nos lembramos de algo e como podemos proteger tais memórias.
Há também indícios que a Internet está a mudar o tipo de coisas que consideramos merecedoras de serem armazenadas e lembradas, neste estudo, quase 61.0% acredita que não há necessidade de nos lembrar-mos de algo que vemos na Internet a menos que se lembrem onde encontraram; 67.9% afirma que precisam de respostas rápidas e não possuem tempo para as bibliotecas ou livros.
Devemos ter em conta que os dispositivos electrónicos ajudam muito no nosso quotidiano mas ao mesmo tempo alargam e muito a nossa Amnésia Digital, existe a necessidade de entender as implicações a longo prazo que o uso excessivo pode causar no que toca a forma como nos lembramos de algo e como podemos proteger tais memórias. Procurar informação na Internet em vez de tentarmos lembrar por nós mesmos faz com que nos tornemos de alguma forma superficiais, é muito mais fácil criar memórias permanentes quando tentamos nos lembrar de algo do que repetir informação de forma passiva, ex: procurar informação na Internet, o que acaba criando memórias menos sólidas.
Estudo feito pela Kaspersky Lab em colaboração com Dr. Kathryn Mills (UCL Institute of Cognitive Neuroscience) e Dr. Maria Wimber (School of Psychology University of Birmingham).