A FTC e a Amazon chegaram a um acordo em relação aos casos de espionagem de clientes pela Ring e Alenxa. De acordo com a FTC, a Amazon manteve as gravações de crianças mesmo após os pais solicitarem a exclusão das imagens.
A Ring ganhou fama ao ser apresentada inicialmente no programa americano Shark Tank. A Amazon adquiriu a empresa em 2018 por USD 1 bilhão, como parte dos seus serviços de “home care”.
Nas acusações, constam que empregados da Ring teriam tido acesso irrestrito a vídeos de clientes. Em resumo, a Ring é uma campainha eletrónica com vídeos. Os empregados tiveram acesso a centenas de vídeos de pelo menos 18 clientes mulheres. Além disso, as câmaras da Ring gravaram banheiros e outros locais de cunho íntimo.
“O histórico da Amazon de enganar os pais, manter as gravações das crianças indefinidamente e desrespeitar os pedidos de exclusão dos pais violou a COPPA (Lei de Proteção à Privacidade Online da Criança) e sacrificou a privacidade pelos lucros”, declarou Samuel Levine, chefe de proteção ao consumidor da FCT.
Segundo o comissário da FTC Alvaro Bedoya, “quando os pais pediram à Amazon para excluir os dados de voz da Alexa dos seus filhos, a empresa não excluiu tudo”. Assim, a agência ordenou que a exclusão de contas infantis inativas, bem como certos dados de voz e geolocalização.
A Amazon discorda das alegações da FTC e nega ter violado qualquer lei. “Os nossos dispositivos e serviços são construídos para proteger a privacidade dos clientes e para fornecer controle sobre a sua experiência”, disse a empresa em comunicado.
Agora, as ordens propostas pela FTC devem ser aprovadas por juízes federais.