De acordo com os investigadores, a falha foi identificada em pelo menos 710 dispositivos de parceiros da Google, Apple, routers e modens USB. A falha 5Ghoul foi descoberta por um grupo de investigadores em Singapura, e afeta pelo menos 14 vulnerabilidades sobre o sistema de comunicações sem fios, 10 das quais foram publicamente reveladas e 4 ainda se encontram pendentes, devido a serem mais graves do ponto de vista da segurança.
Os atacantes podem usar a 5Ghoul para realizar vários formatos de ataques contra dispositivos que possuem estes modens. A falha pode ainda ser rapidamente explorada, caso os atacantes tenham acesso a um sistema que permita criar falsas redes 5G, das quais os dispositivos móveis podem ligar-se.
O mais grave encontra-se no facto de as falhas poderem ser facilmente exploradas com hardware que se encontra acessível de forma relativamente simples. Um atacante pode suar este meio para atacar dispositivos de alvos específicos, o que a torna uma ferramenta bastante importante para espionagem.
Apesar de os investigadores terem confirmado a falha em 714 dispositivos de 24 marcas diferentes, é importante ter em conta que o número de dispositivos afetados pode ser consideravelmente superior, tendo em conta que as mesmas afetam a base das ligações 5G e a forma como os modems nestes dispositivos funcionam.
Os investigadores deixaram mais detalhes sobre a falha no artigo publico das mesmas, juntamente com uma prova de conceito que demonstra como a falha pode ser explorada.
Tanto a Qualcomm como a MediaTek já lançara correções para a falha 5Ghoul, que começaram a ser distribuídas faz cerca de dois meses, quando estas tiveram conhecimento das mesmas. No entanto, a disponibilização das correções para os dispositivos afetados pode demorar bastante mais tempo, isto se chegar a todos os modelos – tendo em conta que muitos podem já nem se encontrar a ser suportados pelas empresas.
Não existe uma forma de prevenir ataques deste género, exceto deixar de usar redes 5G por completo.