A agência de petróleos nacional apelou aos operadores presentes em Angola a utilizarem o Centro de Alta Tecnologia Subsea, construído pela Aker Solution Entreprises (Aksel), o primeiro desse tipo no país, e que vem de um investimento de mais de 30 milhões de dólares.
Para Paulo Jerónimo, Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleos, Gás e Biocombustíveis, diz que o centro tecnológico “é muito importante para Angola“, visto que antes da sua construção, “todos os operadores quando tivesses problemas de teste ou de manutenção de equipamento subaquático eram obrigados a exportar para a Europa ou para os Estados Unidos da Ámerica (EUA)“.
“O primeiro grande constragimento que encontravam é o tempo de autorização para exportar o equipamento, muitas vezes chegava a cinco, seis meses, com este centro deixa de haver necessidade dessa exportação, deixa de haver necessidade dessa discussão de cinco a seis meses com as autoridades alfandegárias e passamos a montar aqui os equipamentos“, frisou o PCA.
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Segundo ainda Paulo Jerónimo, o Centro de Alta Tecnologia Subsea tem avantagem de além de testar, fazer a manutenção e reparação de equipamento produzido por si, bem como atender os de outras empresas e a vantagem da “passagem do know-how, no contexto do conteúdo local“.
“Queremos não só produzir, não só realizar os trabalhos aqui, mas também queremos que o know-how seja passado para os angolanos, que daqui a algum tempo teremos somente angolanos a fazer este tipo de trabalho, isso é que é de facto o verdadeiro conteúdo local“, acrescentou.
Por outro lado, para Pedro Godinho, Chairman da Aksel, diz que agência de petróleos nacional poderá jogar um papel muito importante na sensibilização dos operadores e também dos demais intervenientes no mercado angolano, ao utilizarem esta tecnologia.
“No passado, para tirarmos uma árvore de Natal que já estava em operação debaixo do mar, muitas vezes levava três a quatro meses, porque tem que se mobilizar uma sonda, que tem que lá ir, tem que retirar a árvore de Natal, quer dizer que fechava-se a produção“, sublinhou.
De informar que o Centro de Alta Tecnologia Subsea é um investimento privado avaliado em 30 milhões de dólares pela Aksel, que é uma joint-venture de direito angolano, que resulta da fusão de intereses entre a empresa norueguesa Aker Solutions e a empresa angolana Prodiaman Oil Services.