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Africell vai ter mais de dois mil trabalhadores para distribuir os cartões SIM

A Africell, 4ª operadora de telefonia móvel de Angola, vai contar com mais de dois mil trabalhadores angolanos para distribuir/comercializar cartões SIM da empresa.

Esse anúncio foi feito pela embaixadora dos Estados Unidos de América (EUA) em Angola, Nina Maria Fite, no dia de ontem(20/10), na inauguração do primeiro data center da empresa, e onde isso enquadra-se na entrada em funcionamento da Africell, que prevê início das suas operações em Dezembro.

Falando aos jornalistas, a diplomata americana informou que pelos menos 70 por cento do capital humano da empresa telefónica será angolana, onde ainda ressaltou que o sucesso da Africell Global Holding Ltd inspire outras empresas americanas a procurar oportunidades em Angola, particularmente no âmbito de projectos que reforcem as infra-estruturas críticas do país e impulsione o crescimento económico e a prosperidade dos angolanos.

Nesse mesmo evento, o director de estratégias da Africell, Gonçalo Farias, assegurou que actualmente, 30 por cento da força de trabalho desta empresa é feminina, com maior destaque na área da engenharia,  e a medida que outras frentes de trabalho estão a ser integradas, o foco será o aumento do género feminino na força de trabalho da empresa, visando o empoderamento das mulheres, no curto prazo.

Gonçalo Farias – Director de estratégias da Africell

Gonçalo Farias continuou que, do ponto vista operacional e de infra-estrutura, a Africell está apta a cumprir os seus compromissos, estando na fase conclusiva da instalação dos equipamentos.

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Sobre a questão da documentação, o gestor diz que ainda falta o licenciamento de sites, regularização das tarifas, entre outros detalhes regulatórios, que competem ao Instituto Angolano das Comunicações (INACOM).

Nessa mesma senda, o director nacional das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Matias Borges, garantiu que o Governo angolano continuará a dar o apoio necessário para que a entrada em funcionamento da Africell aconteça dentro do prazo programado, isto é, Dezembro deste ano. O director afirmou também que com a entrada em funcionamento do novo operador neste sector, o mercado será mais atractivo, dando várias opções aos utilizadores, especialmente para as regiões com baixo nível de cobertura.

Matias Borges – Director nacional das Telecomunicações e Tecnologias de Informação

De informar que em Fevereiro deste ano, o Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) e a Africell assinaram um Contrato de Concessão para Prestação de Serviços de Comunicações Electrónicas, licenciando esta operadora com o Título Global Unificado (TGU).

O contrato habilita a operadora a vender produtos de comunicações electrónicas e a prestar serviços tradicionais e financeiros, por via do telemóvel (Mobile Money), em todo território nacional.

Numa primeira fase, a operadora vai lançar os serviços com uma cobertura total na província de Luanda, seguindo-se as restantes províncias do país.

Trata-se de um investimento de cerca de 300 milhões de dólares que asseguram, numa primeira fase, 400 empregos directos e 100 indirectos.

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Além da entrada em funcionamento da Africell, em Dezembro próximo, Angola conta com três operadoras de telefonia, nomeadamente Angola Telecom, Movicel e Unitel, empresas que, em 2017, foram concedidas as três primeiras licenças de Título Global Unificado, após a realização de um Leilão de Frequências.

A Africell Global Holding Ltd está no mercado das telecomunicações há 18 anos, disponibilizando vários serviços a mais de 12 milhões de clientes. Em África está presente na Gâmbia, República Democrática do Congo (RDC), Serra Leoa e Uganda.

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