A partir da próxima quarta-feira, 16 de agosto, os cidadãos da província da Huíla já poderão usufruir todos os serviços da quarta operadora móvel em Angola, Africell, com a ativação das suas instalações de redes de infraestruturas para gerir as operações na província, com destaque para a cidade do Lubango.
Com a chegada Huíla, a Africell passa assim a funcionar em quatro regiões (com Luanda, Kwanza Sul e Benguela), sendo que a empresa espera chegar a mais três províncias até ao final do ano, nomeadamente Huambo, Cabinda e Zaire, numa altura em que já conta com mais de sete milhões de clientes em apenas um ano de operações.
Pelo que a redação da MenosFios apurou, a morosidade no processo de expansão da rede da Africell em todo o país não é devido a um problema financeiro, mas sim estruturais, bem como outras questões.
“Temos que fazer obras em todas as províncias, temos que importar material, instalar, otimizar, licenciar e testar. Todo este trabalho leva tempo e a demora não tem a ver com a questão financeira“, disse Gonçalo Farias, administrador para estratégia da Africell.
Falando no V Fórum de Transformação Digital do Jornal Expansão, o gestor frisou também que as dificuldades se batem com a capacidade de assegurar que os fabricantes forneçam os equipamentos necessários no decurso das datas estipuladas, reiterando que existe uma grande procura de equipamentos de telecomunicações em todo o mundo.
Quanto a pressão feita pela comunicação social e pelos clientes sobre a Africell não ter cobertura nacional, Gonçalo Farias deixou como exemplo o caso da Unitel, que demorou três anos para se alargar para lá das fronteiras de Luanda e seis anos para atingir a cobertura nacional, ressaltando que a Africell opera há menos de um ano.