Actualmente o WhatsApp é uma das redes sociais mais usada a nível mundial, a qual têm sido adicionados vários recursos paulatinamente. Um dos recursos que a rede social tem é a criação de grupos com vários elementos para se debater um devido assunto ou entretenimento.
Esses grupos têm um criador, denominado por Administrador, que a posterior pode adicionar mais Administradores. Mas até ao momento, muitos não sabiam que os Administradores podem ser responsabilizados pelas publicações dos membros.
Será que já existiu um caso do género?
A rede social recentemente ficou sob destaque na Índia. O incidente mais recente viu o administrador de um grupo do WhatsApp enfrentar uma prisão depois de uma imagem difamatória do primeiro ministro do país ter sido compartilhada em um grupo do WhatsApp.
O tribunal da Índia declarou que os usuários de administração da rede social poderiam de facto, ser responsabilizados pelo conteúdo publicado nos grupos de bate-papo.
Será que alguns países de África poderão adoptar pelo mesmo procedimento?
Recentemente este caso provocou um debate na África do Sul, procurando saber: Se um administrador do grupo WhatsApp pode ser responsabilizado por conteúdo difamatório que é compartilhado no grupo, mesmo que o administrador não tenha compartilhado o conteúdo.
Segundo Simon Colman (Chefe Executivo de Distribuição Digital na empresa SHA Specialist Underwriters), diz que não há garantias de que os tribunais sul-africanos adoptarão a mesma abordagem que na Índia. “No entanto, os tribunais locais podem ser influenciados pelas tendências globais em relação à responsabilidade no espaço das redes sociais. Salientou ainda que, muito do que está sendo visto na Índia e em outros territórios surgiu da proliferação de notícias falsas.
Portanto de um jeito ou outro, é praticamente complicado controlar esse fenómeno,e ainda por cima responsabilizar o administrador pela circulação de um conteúdo inapropriado dentro da rede social em questão.
O que os administradores podem fazer para mitigar riscos:
- Coloquem mais de um administrador para cada grupo (muitas mãos fazem funcionar a luz!);
- Certifique-se de que os novos membros do grupo compreendam claramente a função ou propósito principal do grupo e quais são as regras;
- Certifique-se de que todos saibam o processo a seguir quando há uma queixa sobre uma publicação.
- Após a apresentação de uma reclamação de um dos membros. O infractor deve retrair o comentário e pedir desculpas ao grupo, e a expulsão do grupo pode ser uma solução de último recurso.
- Idealmente, os administradores devem conhecer as pessoas do grupo, pois isso pode ser de alguma forma gerenciar “trolls” (usuários anónimos que deliberadamente tentam causar problemas encorajando outros usuários).
Em Angola e não só, a mídia social, por sua própria natureza, tem um impacto vital, isso significa que as publicações difamatórias tendem a se espalhar como incêndios, com o potencial de causar danos severos a indivíduos, grupos e até economias inteiras.