Israel seguia em expansão, tecnologicamente falando, sendo esta indústria responsável por 14% dos postos de trabalho e por cerca de 5% do PIB do país. Além de ser o sector de crescimento mais rápido, a tecnologia representava um motor essencial da expansão económica.
Apesar do cenário animador, a deterioração vem ganhando força desde 2022: a instabilidade política e da cadeia de abastecimento, a inflação e as taxas de juro, entre outros, motivaram um declínio do sector tecnológico. Em março deste ano, muitos investidores e empresas de tecnologia decidiram transferir dinheiro para fora de Israel.
Israel é uma urbe tecnológica
Atualmente, Israel abriga mais de 500 multinacionais, incluindo startups de gigantes da tecnologia como a Google, Facebook, Apple e Microsoft.
A escalada da guerra já provocou uma queda nas ações das empresas tecnológicas do país, resultando no declínio de muitas, segundo o Tech Times.
Por exemplo, a maior fabricante de medicamentos genéricos do mundo, a Teva Pharmaceutical, caiu 5,25%, e o ICL Group, um produtor de fertilizantes, registou um declínio de 0,7%.
Os fundos negociados na bolsa americana que estão expostos a Israel, como o iShares MSCI Israel ETF e o ARK Israel Innovative Technology ETF, registaram quedas de 7,8% e 4,9%, respetivamente.
Mais, a Tower Semiconductor, uma fabricante israelita de chips, caiu 5,14%, e a Check Point Security, uma empresa de cibersegurança, caiu 1,77%.
Segundo a Reuters, para Jack Ablin, director de investimentos e sócio fundador da Cresset Wealth Advisors, a guerra entre Israel e o Hamas pode levar ao desvio de recursos, nomeadamente, exigindo que os funcionários de muitas tecnológicas sirvam de reserva militar.
Agora, conforme adiantado pela Reuters, analistas e investidores esperam que as empresas tecnológicas israelitas precisem de reforçar a segurança, por estarem largamente sujeitas a perturbações devido à guerra entre Israel e o Hamas.