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A tecnologia ao serviço do futebol

Congresso Sports Tomorrow - Barcelona 2023 - MenosFios

Tecnologia e futebol estão mais interligados a cada dia que passa.

Habitualmente denominado como “desporto rei”, o futebol, que move paixões nos quatro cantos do mundo, tem vindo a crescer a desenvolver-se “à boleia” da tecnologia.

De resto, se parar um pouco para pensar, rapidamente se aperceberá de vários exemplos nos quais a tecnologia tem contribuído para o desenvolvimento do futebol.

Nos últimos anos, a introdução do VAR (vídeo-árbitro) deverá corresponder à mais popular das novidades quando o tema é a ligação entre tecnologia e futebol, mas a relação vai muito para além do mecanismo que auxilia o ajuizamento de uma partida.

Para se perceber a dimensão da relação entre tecnologia e futebol, no primeiro dia do Mobile World Congress 2023, o Barcelona, um dos maiores emblemas do mundo, organizou uma série de eventos que promovem os dois tópicos.

Tecnologia e preparação

Aos dias de hoje, a quantidade de dados disponíveis relativos aos intervenientes em uma partida de futebol é verdadeiramente impressionante.

Tudo é analisado ao pormenor, desde desempenhos individuais a coletivos. Dados estatísticos são usados para uma grande diversidade de aspetos associados ao “desporto rei”, desde as análises técnicas que visam preparar as equipas da melhor forma para enfrentar o adversário, passando pela imprensa que os utiliza para programas de comentário.

Existem diversos clubes que não têm a capacidade de proceder a uma recolha de dados cuidada, de os processar e administrar, delegando essa função a entidades externas como a African Sports Centre, por exemplo. Este tipo de entidade recolhe, organiza e processa dados estatísticos úteis para a preparação de cada encontro, sempre recorrendo a tecnologias de ponta.

Deste modo, no momento de entrar em campo, as equipas estarão a par de todos os aspetos importantes para enfrentar o desafio. Os melhores clubes do futebol africano têm todos estes aspetos em consideração, bastando olhar para a forma como trabalham os times que estão disputando a Liga dos Campeões da CAF.

Nesse momento, o Mamelodi Sundowns (3.00) é o maior favorito a conquistar a Liga dos Campeões africana olhando as odds para aposta online, seguido pelos egípcios do Al Ahly (3.50). Esses dois times, para estarem à frente da concorrência a nível de preparação e competitividade, procuram, naturalmente, se apoiar na tecnologia.

Prevenção e saúde

Para lá da componente desportiva e competitiva em si, existem outros aspetos passíveis de monotorização por parte da tecnologia.

A prevenção da lesões e a monitorização do estado de saúde e até dos níveis de fadiga de cada atleta são aspetos bastante importantes e cada vez mais relevados pelos clubes. Os coletes GPS, que permitem medir a performance de um atleta, são uma tecnologia cada vez mais utilizada pelos clubes.

As informações associadas a cada um dos atletas são recebidas em tempo real, interpretadas, processadas e podem ou não influenciar a decisão de um treinador. Neste caso, temos a tecnologia ao serviço da performance.

Bases de dados e consultoria

Clubes que possuem uma estrutura técnica menos profunda costumam recorrer a serviços externos de consultoria.

Este tipo de serviço não corresponde a mais que o recurso à equipas de especialistas independentes que reúnem informações em diversas áreas de atuação associadas ao mundo do futebol.

Neste domínio, o recurso a serviços externos para efeitos de scouting, a título de exemplo, é bastante comum. Vários clubes procuram perceber quem poderão recrutar junto de agências de consultoria que se dedicam à observação e recolha de dados de diversos atletas, procurando posteriormente apresentar os resultados requeridos aos técnicos.

Tecnologia e futebol vão seguir de braço dado

São vários os domínios nos quais a tecnologia funciona como “bengala” do futebol.

A tendência, com o avançar dos anos, é para que esta relação seja cada vez mais íntima, com desempenhos otimizados e prestações melhoradas graças ao recurso à tecnologia.

Os clubes africanos têm um grande desafio pela frente, nomeadamente conseguir condições financeiras para poderem tirar o melhor partido deste tipo de tecnologias.

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