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Num mundo tão competitivo como nos dias a partilha de conhecimento, tanto como a partilha de infraestrutura torna-se vital para evolução e progressão de indicadores fortemente identificados a nível da disponibilidade dos serviços tendo como condição sine qua no a qualidade dos serviços no que concerne as telecomunicações. Ao abrigo do decreto presidencial Nº 166/14 de 10 de julho, já se faz sentir uma vontade implícita no que tange ao compartilhamento de infraestrutura bem como a sua importância para o desenvolvimento tecnológico do Pais. O ITU (International Telecommunication Union) no seu oitavo simpósio para reguladores GSR (Global Symposium for regulators) auferiu que em países em desenvolvimento, em particular, a telefonia móvel tem sido fundamental para tornar os serviços disponíveis.
Com muito para se fazer pretende-se aumentar a penetração dos serviços moveis com destaque para as áreas rurais, mas com o altíssimo custo de infraestrutura leva consequentemente a um preço elevado onde as operadoras o fazem no intuito de recuperar o seu investimento. As empresas de telecomunicações em Africa podem vivenciar uma redução nas despesas de capital ate 60% reduzindo as necessidades individuais o que consequentemente reduzira o período de retorno de investimento. Conceitos e novas empresas importantes vão surgindo tal como Towerco(Tower companies – empresas de Torres) que são instituições que gerem infra estruturas das torres de telecomunicações, na qual não são proprietárias das mesmas mas avaliam a sua eficiência, produtividade e gestão consequentemente.
Eis que com o compartilhamento de infraestrutura podemos destacar:
- Diminuição de despesas operacionais (partilhando custos de manutenção, segurança, energia): Uma grande vantagem é a poupança na instalação e no O&M de uma nova infraestrutura onde implicitamente a carga de trabalho e outros fatores operacionais podem ser reduzidos. Algumas empresas invocaram estratégias de possuir menos propriedades no extrato da empresa para obter mais lucros.
- Redução do impacto visual e ambiental: Usando menos torres de telecomunicações, implicitamente estaremos a usar menos material de construção; haverá diminuição da ocupação territorial e se usara menos recursos energéticos (menos emissão de carbono).
Os potências riscos desta implementação tem haver com conflitos entre os parceiros, incompatibilidades técnicas, disputas, aumento de ataques cibernéticos etc.
A partilha de infraestrutura pode ser de forma:
- Passiva: Torres, sites, postes, fontes de energia e etc.
- Ativa: compartilhamento de equipamentos de Transmissão (Hubs, Routers, Cabos de fibra óptica, Hardware, Antenas, etc.).
Vale realçar que o diploma associado ao decreto tem se inclinado mais a infraestrutura passiva, dando já uma cobertura de partilha de elementos ativos (com olhos numa atualização da legislação) no entanto evidencia-se já 3 modelos de partilha nomeadamente:
- Um operador partilha sua infraestrutura com outro(A).
- Dois ou mais operadores estabelecem acordo para construção de uma infraestrutura(B)
- O Arrendamento de terceiros ás infraestruturas de telecomunicações. (C)
Especificamente para o nosso país foi criada o comité para partilha de infraestrutura de Telecomunicações o INFRACOM que tem como missão:
- O Registro de infraestrutura partilhadas.
- O poder de resolução dos possíveis conflitos entre os provedores.
- Ser o coordenador estabelecendo estratégias.
Os membros até agora são Unitel, Angola Telecom, Angola Cables, CA TELECOM, Movicel, Multitel, Mundo Startel, MSTelcom, PRODEL-EP, ENDE-EP, RNT-EP, ITA e EPAL.
Para o nosso País será vantajoso pois devido a guerra que vivenciamos a expansão de infraestrutura foi acautelada pois as desminagens no país ainda esta em curso e reutilizando infraestruturas já existentes poderemos estar presentes de um acelerar na taxa de penetração dos serviços de telecomunicações o que ira massificar a inclusão digital podendo também resolver o problema de literacia tecnológica em Angola.