Segundo informações, uma empresa de análise de dados Cambridge Analytica colheu informações privadas de mais de 50 milhões de usuários do Facebook no desenvolvimento de técnicas para beneficiar a campanha eleitoral do presidente Donald Trump em 2016.
No centro da questão está Christopher Wylie, marqueteiro americano que criou o que chamou de uma verdadeira ferramenta de “guerra psicológica”, voltada para o uso de dados e da força das redes sociais para manipular a opinião pública. Os seus dois maiores cases de sucesso foram a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos e a campanha para que o Reino Unido deixasse a União Europeia, decidida por referendo realizado no mesmo ano.
Os jornais, que citaram ex-funcionários, associados e documentos da Cambridge Analytica, disseram que a violação de dados foi uma das maiores da história do Facebook.
Entre tanto, o Facebook anunciou a suspensão da Cambridge Analytica da plataforma por causa do uso indevido de dados privados dos usuários da rede social. Durante anos, a empresa guardou informações sigilosas sobre os usuários e adquiriu elas sem consentimento dos usuários.
Os mais de 50 milhões de perfis representavam cerca de um terço dos usuários activos da América do Norte e cerca de um quarto dos eleitores em potencial dos EUA na época. O Facebook teria descoberto a questão em 2015 e pediu que as empresas eliminassem os dados, sem verificar se isso realmente aconteceu quando a resposta foi positiva. Apenas agora, por meio dos relactos publicados na imprensa internacional, soube que os dados de seus usuários continuavam a ser usados de forma irregular.
A Cambridge Analytica diz que os dados em questão foram excluídos quando o Facebook pediu, mas de acordo com os jornais americanos isso não aconteceu. A empresa diz que está a trabalhar com o Facebook para solucionar o problema.