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2Africa só começa a funcionar no II trimestre de 2024

O cabo submarino 2Africa operado pela Unitel só começa a funcionar no segundo trimestre de 2024, anunciou o CEO da operadora nacional, Miguel Geraldes, que falava durante a mesa-redonda do VI fórum telecom do Expansão.

Segundo o responsável, o cabo submarino vai trazer uma conectividade de 25 terabits por segundo, enquanto o País na totalidade consome no máximo 300 bits por segundo.

Estamos a fazer um investimento que tem uma capacidade de quase 100 vezes mais do que temos cá hoje“, disse abordando o tema “Os Desafios das Infraestruturas, Financiamentos e Novos Conceitos Digitais”.

Proveniente de Londres, o 2Africa é um produto que resulta do consórcio entre a Vodafone, WIOCC, China Mobile Internacional, MTN, Orange, Telecom Egypt, STC, Meta (empresa responsável pelo Facebook e Whatsapp) e a Unitel. O projeto tem como missão aumentar a capacidade, qualidade e disponibilidade de ligação de Internet entre os três continentes.

Assim, a oportunidade de negócio levou a Unitel a investir cerca de 50milhões USD na ligação ao cabo submarino 2Africa, um dos maiores do mundo, sendo gerido por um consórcio internacional que envolve dezenas de empresas em vários países.

Para além do tráfego interno, a maior operadora de telecomunicações do País também pretende captar novos negócios com as ligações de fibra óptica que conectam Angola com a Zâmbia e o Botswana, países que não têm acesso ao mar e, por essa razão, aos cabos submarinos de forma direta.

Com 45.000 Km de extensão, o 2Africa é o maior cabo do mundo e irá conectar 33 países, com 46 pontos de amarração em toda a África, Europa e Ásia. A Alcatel Submarine Networks (ASN) é responsável pela fabricação e implantação do cabo de 16 pares de fibras ópticas.

O 2Africa chegou a Luanda no final de julho deste ano. Ponto de amarração está situado em Cacuaco e abre novas perspetivas para a contratação de tráfego internacional de telecomunicações à operadora Unitel, que realizou o investimento e passa dessa forma a ser concorrente da Angola Cables.

Luanda também é um ponto de aterragem do cabo SAT-3/WASC de 2002, que liga a África do Sul à Espanha e Portugal. Mais ao sul, Sangano é o ponto de aterragem dos sistemas de cabos South Atlantic Cable System (SACS) e West Africa Cable System
(WACS), lançados em 2018 e 2012, respetivamente.

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