Os peritos da Kaspersky analisaram 47.891 registos de pontos de acesso Wi-Fi em locais populares e olímpicos em Paris. Quase 25 por cento destas redes apresentam uma encriptação fraca. Ou não a utilizam. Isto torna os utilizadores vulneráveis ao roubo de dados pessoais e bancários. Apenas seis por cento das redes utilizam o mais recente protocolo de segurança WPA3. As redes são vulneráveis a ataques de interceção, descodificação ou cracking.
Muitas redes implementam o WPS
20% Percentagem das portas de acesso Wi-Fi ainda estão configuradas com o WPS. Este é um algoritmo desatualizado e facilmente decifrável. Isto torna os dispositivos altamente susceptíveis a ataques WPS que podem levar à perda de dados.
“Enquanto os atletas treinam para o verão desportivo em França, os cibercriminosos prepararam uma recepção desagradável para os milhões de pessoas que se dirigem aos hotéis, zonas de adeptos e eventos em Paris”.“Podem criar pontos de acesso falsos. Ou comprometer redes legítimas. Isto para intercetar e manipular a transmissão de dados”. É o que diz Amin Hasbini, chefe da unidade de investigação META na equipa GReAT (Global Research and Analysis Team) da Kaspersky.
Vulnerabilidade ao crime
As redes Wi-Fi abertas e mal configuradas são particularmente atraentes para os criminosos, uma vez que permitem o roubo de palavras-passe, detalhes de cartões de crédito e outros dados sensíveis dos utilizadores.
A utilização de uma rede privada virtual (VPN) proporciona uma camada extra de segurança para quem acede a redes Wi-Fi abertas. Uma VPN encripta a ligação à Internet e cria um túnel seguro entre o dispositivo e a Internet.
Esta encriptação impede os cibercriminosos de intercetar dados, mesmo em redes não seguras. Ao mascarar o endereço IP e encriptar todos os dados transmitidos, uma VPN garante que as informações pessoais e financeiras permanecem protegidas durante a utilização de uma rede Wi-Fi pública.